Memorabilia

Sérgio Godinho, 23 de Março de 2024 no Coliseu do Porto


Já perdi a conta o nº de vezes que vi Sérgio Godinho ao vivo desde 1974 após a revolução, num palanque num sítio qualquer sem qualquer condições até à sua consagração em sucessivos concertos nas melhores salas de espectáculos do país.

Sérgio Godinho já vai com 78 anos e foi há 53 anos que se deu a conhecer discograficamente. E, sem a mobilidade de outros tempos, deu no dia 23 de Março no Coliseu do Porto mais um excelente concerto que contou, para além dos Assessores que o acompanham há já muito tempo, com a participação de A Garota Não e Canto Nono.

Deste concerto ficam algumas fotos.











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Weyes Blood, 29 de Outubro de 2023
 

Provavelmente o último deste ano, num ano recheado de bons espectáculos musicais. Relembrando os que assisti: Bill Callahan, Canto Nono, Chico Buarque, Bob Dylan, Maria Bethânia, Caetano Veloso e o de ontem e esse foi o de Weyes Blood. Com excepção deste último todos foram em salas de espectáculo, umas melhores que outras, com os devidos lugares sentados. O de Weyes Blood foi o menos concorrido e foram quase 3 horas em pé impróprios para a minha idade. E qual o melhor deles todos? Uma apreciação sempre subjectiva, mas para mim foi sem dúvida a de Weyes Blood, infelizmente pouco conhecida e já com 5 álbuns de estúdio editados.

O concerto centrado nos últimos três trabalhos foi verdadeiramente muito bom revelando Weyes Blood uma empatia com o público que só vem engrandecer o que já conhecíamos em CD ouvidos no conforto do sofá. Será que um concerto na Casa da Música teria o mesmo efeito, tenho dúvidas, mas gostaria que sim. E ela merecia mais público e melhores condições.













Na impossibilidade de tirar fotos com máquina fotográfica ficam algumas imagens sofríveis tiradas de telemóvel por mim e a minha filha Ana.
Terá sido a seguinte a lista de canções que se ouviu:

1 - It's Not Just Me, It's Everybody
2 - Children of the Empire
3 - Diary
4 - God Turn Me Into a Flower
5 - Andromeda
6 - Grapevine
7 - Seven Words
8 - Do You Need My Love
9 - Everyday
10 - Twin Flame
11 - Hearts Aglow
12 - Movies

Encore:
13 - A Lot's Gonna Change
14 - Wild Time

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Caetano Veloso, 15 de Setembro de 2023


Um ano cheio de bons concertos. Ontem foi a vez de Caetano Veloso no Coliseu do Porto.
Aos 81 anos mais uma demonstração de grande vitalidade e enorme empatia com o público, em particular em temas mais conhecidos como "Leãozinho", "Menino do Rio" ou "Odara". Um espectáculo centrado no seu último álbum de originais, "Meu Coco" de 2021, e que contou ainda com a presença de Carminho em dois temas.






Aqui ficam para memória futura os dois bilhetes




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Maria Bethânia, 28 de Junho de 2023


No mesmo mês dois grandes concertos, primeiro Bob Dylan e depois Maria Bethânia.

Apesar de continuar a considerar que o espaço "Super Bock Arena-Pavilhão Rosa Mota" não reúne as condições ideais para a realização deste tipo de evento musical o que é certo é que Maria Bethânia conseguiu realizar um concerto memorável cativando o público desde o primeiro minuto. Aos 77 anos Maria Bethânia possuiu ainda dotes vocais invejáveis e uma energia contagiante a que ninguém consegue ficar indiferente.
Deste concerto aqui ficam dois pequenos vídeos da despedida.








E os respectivos bilhetes.










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Bob Dylan, 02 de Junho de 2023

Este foi o meu 4º concerto deste ano. Depois de Bill Callahan, Canto Nono e Chico Buarque eis o melhor de todos: Bob Dylan!






Sim Bob Dylan aos 82 anos deu um excelente concerto! Num Coliseu repleto e rendido deste o primeiro minuto Bob Dylan mostrou porque continua a ser o maior símbolo da música popular. Sem concessão a facilitismo, não recuperando nenhuma das suas canções que o tornaram célebre nos idos 60, Bob Dylan cantou um reportório centrado no seu último e muito bom álbum de originais “Rough and Rowdy Ways” de 2020.

Quase duas horas de concerto, cantou de pé enquanto tocava piano e foi acompanhado por um conjunto de músicos altamente competentes. Eis o alinhamento do concerto:

01-Watching the River Flow
02-Most Likely You Go Your Way and I'll Go Mine
03-I Contain Multitudes
04-False Prophet
05-When I Paint My Masterpiece
06-Black Rider
07-My Own Version of You
08-I'll Be Your Baby Tonight
09-Crossing the Rubicon
10-To Be Alone With You
11-Key West (Philosopher Pirate)
12-Gotta Serve Somebody
13-I've Made Up My Mind to Give Myself to You
14-That Old Black Magic (Johnny Mercer cover)
15-Mother of Muses
16-Goodbye Jimmy Reed
17-Every Grain of Sand


Curiosidades:

Será que conseguiu bilhete para o concerto?






O excesso de zelo levou a que os telemóveis tivessem que ser protegidos e impossibilitada a sua utilização durante o concerto, mas já uma máquina fotográfica passou sem problemas. Fotografia tirada já no interior do Coliseu:




 



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Chico Buarque, 26 de Maio de 2023






Ontem o primeiro de dois concertos de Chico Buarque na cidade do Porto. Chico Buarque expoente maior da música popular brasileira que, infelizmente ainda não tinha tido oportunidade de ver ao vivo.






Ocasião, portanto de recuperar recordações bem antigas pese embora a escolha das canções para este concerto fosse diversificada ao longo da sua carreira e não nas canções mais conhecidas.
O setlist deste concerto foi o seguinte:

1-Todos Juntos
2-Mar e lua
3-Passaredo
4-Bom tempo
5-Beatriz
6-Para todos
7-O Velho Francisco
8-Sinhá
9-Sem fantasia
10-Biscate
11-Imagina
12-Choro Bandido
13-Sob Medida
14-Bastidores
15-Mil perdões
16-Samba do grande amor
17-Injuriado
18-Tipo um baião
19-As minhas meninas
20-Uma Canção Desnaturada
21-Morro Dois Irmãos
22-Futuros Amantes
23-Assentamento
24-Bancarrota blues
25-Todo o sentimento
26-O meu guri
27-As caravanas/Deus lhe pague
28-Que tal um samba? / samba da benção

Encore:
29-Maninha
30-Noite dos mascarados
31-Tanto mar

Encore 2:
32-João e Maria

No final do concerto ficou-me a sensação que o espaço "Super Bock Arena-Pavilhão Rosa Mota" naõ é o ideal sob o ponto de vista acústico para este tipo de espectáculo, isto para além de problemas técnicos no som que não deviam ter acontecido, volume dos instrumentos elevado para uma voz de 78 anos que necessariamente já não atinge níveis de outrora e ruído presente, num microfone?, que se manteve e não foi resolvido.

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Canto Nono, 28 de Abril de 2023

Num ano que promete em termos de concertos a realizar no Porto, ontem foi a vez do espectáculo levado a cabo pelo grupo coral Canto Nono que se realizou na emblemática sala do Coliseu.





Um excelente espectáculo que ultrapassou as minhas melhores espectativas.

"A FORÇA (O PODER) DA PALAVRA – Um Canto a José Mário Branco", assim se designou este concerte que teve como tema central a música de José Mário Branco. No texto de apresentação pode-se ler:
"“Sou português, nascido no Porto, pequeno-burguês de origem, filho de professores primários, artista de variedades, compositor popular, aprendiz de feiticeiro.” Assim se apresentava José Mário Branco.

Foi uma das personalidades marcantes da nossa música e da nossa cultura, como compositor, arranjador, cantautor e produtor musical. Uma história feita de canções, de lutas, de valores. Um homem que, dizendo-se pouco social, era socialmente interveniente, sendo que o seu impacto artístico fez-se sentir no domínio discográfico e em atuações ao vivo, de caráter musical ou teatral.

Tal como num poema, somos uma pessoa quando entramos numa canção de José Mário Branco e outra totalmente diferente quando saímos dela, porque nas suas canções não há neutralidade, elas são o fruto de um trabalhar constante das roldanas do pensamento, soldadinhos a brincar nos jardins dos deuses e o nome de uma tília da avenida dos jardins do Palácio de Cristal.

No dia 28 de abril de 2023, o Coliseu Porto Ageas será o palco de um espetáculo de evocação de José Mário Branco, através da recriação da sua obra pelos Canto Nono, um conjunto de oito vozes a cantar “à capela”, com o qual manteve uma cumplicidade e uma convivência artística de 20 anos.

A palavra era uma constante em toda a obra de José Mário Branco, a sua força e o seu poder sobressaem porque, para além de uma simples unidade linguística, é dotada de um profundo sentido e de verdade. Palavras cantadas são o santo e a senha do Canto Nono e é também com verdade que tentam transmiti-las, torná-las cristalinas no verbo e na intenção, consumíveis mas não descartáveis para que, entrelaçadas, adquiram a dureza indispensável ao confronto do quotidiano.

Não vão fazer deste espetáculo, o “Canto Nono” e José Mário Branco, a Travessia do Deserto. Vão andar pela “Arcádia” dando um “Recado ao Porto”, perscrutando “A Noite”. Vão dar notícias da “Etelvina” e do seu “Soldadinho”, e também de uma amiga cansada de “Remendos e Côdeas”, porque essas são “As Contas de Deus”. Também vão dizer “Do que Um Homem É Capaz” para que se entenda que é a cantar que “Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades”. E no final, quem sabe, talvez cada um de nós se tenha tornado, um pouco, aprendiz de feiticeiro."






Que a música de José Mário Branco perdure nos tempos com iniciativas como esta é o que se deseja.










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Bill Callahan, 15 de Abril de 2023

Foi no magnífico Theatro Circo em Braga que assisti ao concerto de Bill Callahan no passado Sábado..




Fazendo fé no concerto de Lisboa terá sido o seguinte o Setlist deste concerto.

Haven't Got Time for the Pain (Carly Simon-gravação)
First Bird
Everyway
Bowevil
Cowboy
Coyotes
Keep Some Steady Friends Around (Smog cover)
Hit the Ground Running (Smog cover)
Partition
Small Plane
Naked Souls
The Mackenzies
Drover
Planets
Encore:
Too Many Birds
Natural Information

Conjunto de canções centradas no último e excelente álbum "YTI⅃AƎЯ" de 20220, mas também com passagens por álbuns mais antigos Knock Knock (1999), Rain on Lens (2001) (estes dois ainda como Smog),  Apocalypse (2011), Dream River (2013) e Gold Record (2020).






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The Unthanks Mini Winter Onliner


Não tive ainda oportunidade de ver The Unthanks ao vivo, mal seja possível não perderei.
Entretanto, depois da publicação do magnífico "Sorrows Away" The Unthanks prendaram-nos nos dias 18 e 19 de Fevereiro de 2023 a transmissão no YouTube de "The Unthanks Mini Winter Onliner" um programa de mais de 8 horas assim distribuídas:


Dia 18:

17.00 - 20.00  Unthanks TV : Highlights from Years 1 and 2 of the Winter Onliner
20.00 - 21.40  The Unthanks : Sorrows Away in Concert from The Queens Hall, Edinburgh.
21.45 - 22.40  Unthank : Smith in Conversation and Preview
22.40 - 23.10  Unthanks TV : Highlights from Years 1 and 2 of the Winter Onliner

e dia 19:

09.00 - 11.00  Sorrows Away band podcast and highlights from Years 1 and 2.

Os bilhetes para entrar no programa custavam o que cada um quisesse dar tendo o ponto alto o Concerto no Queens Hall em Edinburgo, eis algumas imagens de todo o programa.






























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Festival Matosinhos em Jazz 2022


Terminou ontem esta edição do Festival Matosinhos em Jazz. Embora sem Jazz (é preciso ter um maior cuidado na designação dos Festivais quando depois eles não correspondem em parte ao nome que lhes é atribuído) terminou ontem esta edição do Festival que já não ocorria desde 2019.
E acabou da melhor maneira, terminou com os GNR e Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música. Numa simbiose interessante do Pop-Rock com arranjos de orquestra bem concebidos, os GNR demonstraram passados 42 anos que continuam a ser umas das referência do que melhor cá se pratica. Rui Reininho muito bem em termos vocais, já o tinha ouvido com algumas dificuldades que pareceu-me ultrapassadas, passaram em revista alguns dos temas mais conhecidos e que tiveram a adesão de um público que, ávido de música, ocorreu em grande número à Praça Guilhermina Suggia.

Eis algumas fotos.



















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Festival Matosinhos em Jazz 2022


Integrado no Festival Matosinhos em Jazz que decorreu durante o mês de Julho esteve a participação da Manuela Azevedo que aconteceu no dia 29. Sorte a de Manuela Azevedo que substituiu a prevista Rebecca Martin que ao que parece contraiu entretanto a Covid.
Sorte merecida a de Manuela Azevedo que mostrou que as suas capacidades musicais não se limitam aos Clã, o que já não é pouco, mas que aborda com segurança outras áreas musicais.
Eis algumas fotos.










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Tindersticks. 14/05/2022

Comemorativo dos 30 anos dos Tindersticks, estes estão a realizar concertos onde percorrem a sua discografia acompanhados de Orquestra e convidados. Foi o concerto de ontem realizado no Coliseu do Porto que assisti (o primeiro foi no mesmo sítio há 25 anos), foi exactamente o 9º, foram eles:

 Tindersticks :

- Coliseu, 21 Novembro 1997

- Coliseu, 30 de Outubro de 1999

- Paredes de Coura, 16 de Agosto de 1999

- Estarreja, 2 Fevereiro 2010

- Coliseu, 27 de Outubro de 2010

- Vila do Conde, 13 de Julho de 2016

- Casa da Música, 29 de Outubro de 2016

- Casa da Música, 22 de Fevereiro de 2020

- Coliseu, 14 de Maio de 2022


Do longo reportório do grupo foram as seguintes as canções escutadas:

 Willow

A Night So Still

Medicine

She's Gone

Sleepy Song

Her

Another Night In

City Sickness

My Sister

How He Entered

Trees Fall

Pinky in the Daylight

Both sides of the blade

Johnny Guitar (Peggy Lee cover)

Travelling Light

My Oblivion

This Fire of Autumn

Show Me Everything

For the Beauty

Encore:

Sometimes It Hurts

Harmony Around My Table

Tiny Tears

Encore 2:

For Those...


Eis algumas fotos tiradas pela minha filha Ana.









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25 de Abril, 48 depois

Para memória futura algumas fotos do concerto de Sérgio Godinho, no Porto, 48 anos depois da revolução de 25 de Abril de 1974. Actualmente com 76 anos, com algumas debilidades físicas, surpreendeu no espectáculo de cerca de 1h 30m que ultrapassou as minhas expectativas.











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Richard Thompson - 19 de Julho de 2020

Nestes tempos de pandemia já tive o prazer de ver Richard Thompson a tocar em diversas plataformas da internet. 4 vezes em directo no facebook  e mais 3 a encerrar festivais nesta nova forma de celebrar a música, foram elas o "Royal Albert Home Sessions", a "Folk On Foot Front Room" e ontem a "Folk by the Oak".
Eis algumas fotos:





Interpretou 4 canções a saber:

- If I Could Live My Life Again (2020)
- Genesis Hall (1969)
- The Fortress (2020)
- I Want to See the Bright Lights Tonight (1974)
as duas últimas com a colaboração da sua companheira Zara Philips.
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Richard Thompson - 05 de Julho de 2020

4ª passagem em directo de Richard Thompson no Facebook nestes tempos de confinamento. Desta vez para a apresentação do seu novo trabalho, um EP com a designação "Bloody Noses", composto por 6 novas canções, a saber:
1 - As Soon As You Hear The Bell
2 - If I Could Live My Life Again
3 - She's A Hard Girl To Know
4 - Survivor
5 - The Fortress
6 - What's Up With You?

Um disco ainda sem existência física, somente em formato digital em MP3 e FLAC, gravado em casa durante a pandemia do coronavirus, trata-se de 6 composições acústicas algumas com harmonias de Zara Phillips.

Esta apresentação contou ainda com duas canções extra:
1 - Lucky In Life Unlucky In Love
2 - When The Saints Rise Out Of Their Graves

Eis algumas imagens:










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Lucy Dacus - 17 de Junho de 2020

Prosseguem as Royal Albert Home Sessions, hoje foi com a aclamada e promissora Lucy Dacus que em 2018 nos surpreendeu com "Night Shift".





Estava à espera de mais nesta sessão caseira só voz e guitarra. Pareceu-me insossa, monocórdica e não convenceu, nem em "Night Shift" com que terminou esta sessão. Também a versão de "La Vie en Rose" pareceu pobre. Talvez o ambiente não fosse o melhor para ela, fica o benefício da dúvida.


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Richard Thompson - 31 de Abril de 2020

Uma hora com Richard Thompson (e Zara Philips) neste terceiro directo pelo facebook nestes dias de pandemia. O set list foi o seguinte:
Sam Jones
The Poor Ditching Boy
Sunset Song
Doctor of Physick
Devonside
End of the Rainbow
Old Thames Side
Hand of Kindness
Guns are the Tongues
Razor Dance
Poppy Red
She Twists the Knife Again

e foi o melhor dos três (sem considerar os directos de Royal Albert Home Sessions a 10 de Maio e a participação no Folk On Foot Front Room Festival 2 no dia 24 de Maio).
Mais algumas fotos.



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Richard Thompson - 29 de Março de 2020 e 19 de Abril de 2020


Para memória futura dos tempos da pandemia que levou maior parte da população do planeta a confinar-se em casa, algumas fotos de Richard Thompson, e Zara Philips também, nos mini concertos dados a partir de casa e transmitido no facebook:








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Concerto Tindersticks - Casa da Música - 22 de Fevereiro de 2020

Como o vinho do Porto, quanto mais velhos melhores.
Ontem, oportunidade para voltar os Tindersticks, desta mais uma vez na Casa da Música. É o 8º, nas minhas contas, concerto a que assisto e, garanto, com renovado interesse.




Não foi desta que desiludiram, bem pelo contrário, fizeram um concerto sóbrio, elegante a mostrar que passados 28 anos da sua formação continuam a ser das propostas mais interessantes do Rock alternativo. Diria mesmo que desde os anos 90 não encontro outro grupo que me encham as medidas como estes Tindersticks agora talvez menos "orquestrais", menos rebuscados, mas de uma aparente simplicidade inebriante.







O concerto revisitou temas bem conhecidos do público como "Another Night In" do inesquecível "Curtains" (1997) ou o ainda mais distante "Her" do álbum inicial (1993), tão bem recebidos pelo público, até à quase totalidade do mais recente registo "No Treasure but Hope" (2019) do qual se ouviu "The Amputees", "Pinky In The Daylight", "Carousel", "See My Girls", "Tough Love", "For The Beauty", "The Old Man's Gait", "Trees Fall" e finalmente "Take Care In Your Dreams", que tão bem se integram no reportório, como se lá estivessem sempre.
Refira-se também "Willow" da última colaboração com a realizadora Claire Denis para o filme "High Life"





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Sérgio Godinho - Liberdade

Este espaço será preenchido como o nome indica por “coisas que servem para serem lembradas”, ou seja, será uma recolha de memórias que podem ir de bilhetes de concertos a recortes de jornais, capas de discos, etc. Tudo o que se guarda ao longo dos tempos, objectos ou simplesmente memórias,  e nos remete para momentos passados de significado particular.

Para começar, a memória mais recente, o bilhete do concerto de ontem de Sérgio Godinho no Rivoli, no Porto. Liberdade, nome de uma canção, agora de um álbum também, de um concerto, de uma comemoração: 40 anos de Liberdade.



Viemos com o peso do passado e da semente
Esperar tantos anos torna tudo mais urgente
e a sede de uma espera só se estanca na torrente
e a sede de uma espera só se estanca na torrente
Vivemos tantos anos a falar pela calada
Só se pode querer tudo quando não se teve nada
Só quer a vida cheia quem teve a vida parada
Só quer a vida cheia quem teve a vida parada
Só há liberdade a sério quando houver
A paz, o pão
habitação
saúde, educação
Só há liberdade a sério quando houver
Liberdade de mudar e decidir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir


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Conjunto de Oliveira Muge em Vila Pery
   





Retirado do Boletim Extraordinário da Junta de Freguesia de Ovar de Julho de 2012 de Homenagem ao Conjunto de Oliveira Muge
 
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The Who – Summertime Blues


 

Remonta a 1969 o ano em que comecei a comprar discos, ou melhor, quando meu pai começou me a comprá-los.
Eu, com a minha lista de discos, mais o meu pai, lá íamos os dois ao Porto, onde passávamos o dia, de discoteca em discoteca, em busca e audição (no tempo em que se ouvia os discos ,em cabines insonorizadas, antes de os comprar) dos discos que conseguíamos encontrar. Nessa época as gravações em 45 rpm já estavam em declínio em favor dos LP (Long Play) de 33 rpm, razão pela qual foram poucos os discos Single ou EP-Extended Play de 45 rpm que então comprei. Entre eles está o Single dos The Who “Summertime Blues”, edição portuguesa da Philips, decorria o ano de 1970,  que segundo o site http://www.7inchrecords.com vale 110€.
Descobrimos os The Who através da Ópera Rock “Tommy”, duplo álbum de 1969, disco que nos tinha sido, emprestado por um primo meu afastado que vivia (e vive) em Nova Iorque. Não encontrando essa obra maior que foi (é) “Tommy”, nem o álbum “Live at Leeds” (ambos adquiridos mais tarde) donde tinha sido extraído “Summertime Blues”, comprou-me então o meu pai este Single cuja capa aqui reproduzo.
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Christophe Honoré – As Canções de Amor – Alex Beaupain 

Memórias menos longínquas estas que vêm de França. O ano é o de 2007, um filme e um duplo CD.
 



O filme é "Les Chansons D'Amour" de Cristophe Honoré. ""As Canções de Amor" é um musical que aparenta um filme "ligeiro", mas que acaba por ser uma profunda ode a esse sentimento incansavelmente explorado no mundo das Artes.", em http://pipocasetretras.wordpress.com/
"Aime moi moins, mais aime moi longtemps" é a frase que nos fica no final do filme.



CD é duplo, para além da banda sonora do filme tem um CD bónus a não desmerecer com o  extra "Comme la pluie" do filme seguinte de Christophe Honoré, "La Belle Personne" (A Bela Junie).
 
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Jane Birkin – Serge Gainsbourg

43 anos separam estas imagens!
Primeiro, a capa do Single, de 1969, “je t’aime… moi non plus” de Jane Birkin com Serge Gainsbourg.



Em 2012, finalmente o concerto  “Jane Birkin canta Serge Gainsbourg” , o bilhete e o folheto de anúncio do concerto.

 


Boas memórias!


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 The Bunch – Rock On

Estudava em Coimbra, em meados da década de 70, quando adquiri o álbum "Rock On" dos The Bunch. A história é simples. Um colega de apartamento, o António Oliveira, amante de música como eu, queria vender alguns álbuns que pelos vistos na altura não lhe interessavam. Entre eles estava esta relíquia de um grupo de existência circunstancial, The Bunch, formado pelos músicos identificados na capa, ou seja, os Fairport Convention e amigos - destaque para Sandy Denny e Richard Thompson - para tocarem temas de Rock'n'Roll. Trata-se de uma edição espanhola da Ariola de 1972.




Curiosidade: o disco custou-me 80$00 (0,40€), comprei ainda o "Lizard" dos King Crimson por 120$00 (0,60€), ou seja os 2 ficaram-me por 200$00 (1€), o preço normal de um disco era de 216$50.

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Van Morrison - Astral Weeks


Mais memórias de Coimbra. Agora a propósito de Van Morrison e do álbum "Astral Weeks". Van Morrison era então, como agora, um dos meus músicos preferidos. Já dispunha de 2 álbuns dele, "Saint Dominic's Preview" e "Hard Nose the Highway" e ouvia o recém saído, o incrível duplo ao vivo, "It's Too Late to Stop Now" (1974). Mais uma vez o meu amigo António Oliveira é protagonista desta história, pois foi numa deslacação que ele fez a França que eu aproveitei para lhe pedir se me trazia o álbum "Astral Weeks", de 1968, caso o encontrasse.





Não sei se nessa época ele foi editado em Portugal, mas não me lembro de o ver à venda. E é assim que na minha colecção figura este "Astral Weeks", edição francesa. Mas na contra capa consta "Originally released in November, 1968. An original Warner Bros. recording on Midi Records.distibuted by WEA Music GmbH., a Warner Communications Company. Made in Germany. 1968 Warner Bros. Records ©1974 WEA Music GmbH”. Na rodela do disco consta “ 1972”. O preço, conforme se pode ver na capa foi de 18,50 Francos (ou seja quase 3 €). O site http://www.discogs.com coloca o disco nos géneros Jazz, Rock, Blues, Folk, World, & Country, ou seja inclassificável.


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Jethro Tull – Coliseu do Porto, 6 Novembro 2000



Os Jethro Tull em 2000 eram constituídos por Ian Anderson, Martin Barre, Doane Perry, Andrew Gidings e Jonthan Noyce. Ou seja da formação inicial só se mantinha o líder Ian Anderson e Martin Barre vinha já de 1969. Foi aquela formação que tive oportunidade de, muito tardiamente, ver em 6 de Novembro de 2000 no Coliseu do Porto. É verdade! Muito tardiamente… Em 2000 procuravam com a edição (no ano anterior) de “J-Tull Dot Com” o retorno aos bons velhos tempos, mas esses tinham definitivamente passado, veja-se o alinhamento do concerto focado (para além de J-Tull Dot Com”) nos anos 60 e 70. Se mesmo assim o concerto foi memorável, como seria se tivesse sido a seu devido tempo?

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 Os Blusões Negros - Baile de Finalistas 

Fiz todo o meu ensino secundário no ENSE (Externato Nossa Senhora da Esperança), nos 2 últimos anos já Liceu Nacional de Ovar.



As imagens que se reproduzem referem-se ao convite para um Baile de Finalistas, não conseguindo eu identificar, ao certo, o ano, atrevo-me a adianter 1967 ou 1968. Teria portanto 11, 12 anos e muito provavelmente terei estado no dito baile que foi abrilhantado, como se dizia na época, pelos conjuntos Dragões (de S. João da Madeira) e Os Blusões Negros (do Porto).
Terá sido ao som destes conjuntos que dei os meus primeiros passos de dança?





De notar o preçário:
Senhoras - XL
Cavalheiros - L
Estudantes - XXX
Mesa - LXX
(Em escudos: 40, 50, 30,e 70, respectivamente, em Euros: 20, 25, 15 e 35 ... cêntimos)

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The Platters - Take Me In Your Arms



Os sons dos The Platters são-me familiares, desde muito pequeno, através deste EP: “The Platters – Part III”. Trata-se de uma edição Sueca de 1957 e contêm 4 faixas: “Take Me In Your Arms”, “You Can't Depend On Me”, “Temptation” e “I Don't Know Why”. 
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CSN - Crosby, Stills & Nash (1º álbum)


O 1º álbum dos Crosby, Stills & Nash data de 1969 e foi então considerado pelo programa de rádio "Em Órbita" como o melhor do ano.








É também um dos primeiros álbuns que adquiri e que se conserva, felizmente, em estado perfeito. Para ouvir, ouvir, ouvir ...
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Luíz Rego - mundo da canção nº 9 





Entre as letras das canções publicadas no nº 9 de Agosto de 1970, entre elas, lá estava o "Amor Novo" de Luíz Rego que então se ouvia na rádio.
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Luíz Rego - mundo da canção nº 10

Ainda Luíz Rego, agora com o artigo de Tito Lívio intitulado "Amor Novo - Caminho ou Esperança Nova" saído no nº 10 da revista "mundo da canção" de Setembro de 1970.



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Paulo de Carvalho - mundo da canção nº 11
   
Em Outubro de 1970 no nº 11 a revista "mundo da canção" dava particular destaque ao novo disco de Paulo de Carvalho, um Single com as canções "Walk on de Grass" e "Waiting for Bus" escritas pelo espanhol Manolo Diaz.
A 1ª referência vai para as letras.




A 2ª referência é um pequeno texto de apresentação do Single.




A 3ª referência vai para um anúncio da Movieplay.



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Al Kooper - Easy Does It

Um dos primeiros álbuns que adquiri foi o duplo "Easy Does It" de Al Kooper de 1970, uma ediçºao CBS importada do Reino Unido. A faixa que eu melhor conhecia era a canção título "Easy Does It" que passava no programa de rádio "Página Um". Mas as que melhor me ficaram na memória foram a versão de "I Got A Woman" de Ray Charles e os mais de 12 minutos de "Baby Please Don't Go" um original, de 1935, de Big Joe Williams, guitarrista de Blues do Delta de Mississipi. 





Comprei-o, salvo erro, numa discoteca na Rua 31 de Janeiro do Porto, numa pequena cave do lado direito quem sobe a rua, de nome "Casa Figueiredo" (na capa de plástico exterior ainda se pode ler a letras douradas SECÇÃO DE DISCOS DA Casa FIGUEIREDO RUA DE STª ANTÓNIO 74 PORTO). Nesse tempo, nesta rua, havia, que me lembre, pelo menos 4 discotecas. Outros tempos!
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Tindersticks - Concerto no Coliseu do Porto em 1997

Primeiro de vários concertos que os Tindersticks têm dado, ao longo dos anos, na região do Porto. Foi em 1997, num Coliseu completamente cheio que os Tindersticks deram um concerto memorável, daqueles concertos que é raro ter a oportunidade de ver. Então com 3 álbuns editados, a surpresa do primeiro, o surpreendente segundo e o magnífico terceiro e um concerto fora de série.



Aguardamos a próxima visita!
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The Walkabouts - Concerto no Hard Club em 1999


No antigo Hard Club um belo concertos dos The Walkabouts. Foi a 10 de Outubro de 1999. Chris Eckman vivia então em Portugal e o álbum "Trail of Stars" (Calçada da Estrela) tinha sido editado. Entre Seattle e Lisboa Chris Eckman tinha gravado o álbum "A Janela". O concerto revisitou temas de "Devil's Road" e "Nighttown".
Já temos saudades de Chris Eckman, Carla Torgerson, aguardemos o regresso.


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Rufus Wainwright no Coliseu em 2010


Um belo concerto , o de Rufus Wainwright a solo, ele e o piano, a 6 de Maio de 2010. Tinha acabado de sair o álbum  "All Days Are Nights: Songs For Lulu!!!" que ele tão bem interpretou na 1ª parte do concerto. 




Único senão, o público que, continua a chegar atrasado aos concertos. Neste caso a aplaudir ao fim de cada canção de "All Days Are Nights: Songs For Lulu!!!" quando Rufus tinha pedido, no início, para o fazerem só no fim. Na segunda parte faria uma retrospectiva da restante discografia.

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Sérgio Godinho - 1º EP 

Em 1971 surgiu o primeiro EP do Sérgio Godinho e um dia o meu pai apareceu com ele em casa. Tinha-o obtido via Manuel Freire (o cantor) então colegas de trabalho na empresa F. Ramada, em Ovar.
Já o conhecia da passagem na rádio no programa "Página um" e era composto por 4 faixas: "Romance de um dia na estrada", "A linda Joana", "Charlatão" e "Aeio". É uma edição Guilda da Música  gravado e editado em França.




Acompanha-me deste então a recordar-me os dias de esperança que então se viviam.

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Bert Weedon e a guitarra de ouro






O EP de Bert Weedon contém 4 faixas:

Teenage Guitar
Blues Guitar
Guitar Boogie Shuffle
Petite Fleur

Esta última, Petite Fleur, é um original de Sidney Bechet, e transporta-me para os tempos da juventude quando a ouvia diariamente na praia do Furadouro. Era com esta música que terminava por volta das 11 horas da noite a sessão de música que passava na esplanada da praia então cheia de gente, de todas as idades, que se passeava nas noites quentes dos Verões de então.

Bert Weedon (1920-2012) foi um guitarrista inglês dos anos 50 e 60 e influenciou muitos guitarristas da década de 60 e 70.

"Sa guitare a été fabriquée spécialement pour lui en Allemagne. Toutes les parties de métal sont en or. L'amplificateur coûte plus d'un million, et cela permet à Bert Weedon d'avoir une sonorité vraiment à lui!" - lê-se na contra capa do EP.

Este EP é uma edição francesa de 1959.

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The Beatles - 2º EP editado em Portugal









Foi há 51 anos, em Janeiro de 1964, que foi editado em Portugal  o 2º EP dos The Beatles. O EP continha 4 faixas a saber:  I Want to Hold Your Hand/This Boy/I Saw Her Standing There/Chains.



Na contra capa do disco pode ler-se: “A Imprensa tem noticiado nas últimas semanas com grande destaque os acontecimentos ocorridos em Inglaterra, cada vez que se apresenta em público o conjunto The Beatles – quatro jovens fazem delirar o público inglês, até há pouco considerado o mais reservado do mundo. E nem sequer as augustas personalidades da Corte Britânica escapam à onda de entusiasmo que rola pelas Ilhas. Recentemente a Rainha Mãe e a bela Princesa Margarida saudaram calorosamente The Beatles após o «Royal Variety Show» a que assistiram em Londres – consagrando uma ainda curta mas já brilhantíssima carreira. O público português já conhece The Beatles através do seu primeiro disco publicado com enorme oportunidade pela Parlaphone. A forma entusiástica como aceitou essa gravação obriga-nos, gostosamente, a apresentar este segundo disco.”


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Conjunto Oliveira Muge no Ovarvisão em 1969

Estávamos no ano de 1969, eram as férias de Carnaval e encontrava-me no Café Progresso em Ovar. Nada mais natural, mas o motivo desta vez era muito peculiar, ia-se assistir a um acontecimento que julgo absolutamente inédito no nosso país naquela época: a transmissão em circuito fechado, somente para alguns cafés, de um programa de televisão feito no local, em directo. Foi a Ovarvisão. A Ovarvisão foi uma paródia aos Festivais da Canção da Eurovisão feita por um grupo de foliões bem conhecidos localmente e que davam pelo nome de “Engelhados”. O programa teve a participação do Conjunto de Oliveira Muge, formado no início da década em Ovar, que cedo se transferiu para terras de África (mais concretamente Vila Pery em Moçambique).

Do boletim extraordinário da Junta de Freguesia de Ovar de Julho de 2012:
"Em 1969, entre concertos cancelados, digressões adiadas e ensaios ocasionais, o Conjunto regressa temporariamente a Portugal, onde irá actuar no Ovarvisão, no baile de Carnaval do Orfeão e prestar entrevistas à Nova Antena e Notícias de Ovar."




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Ornette Coleman (1930-2015)

Ornette Coleman, uma lenda norte-americana da história do jazz, morreu esta quinta-feira em Nova Iorque, aos 85 anos
A 7 de Novembro de 2008 assisti, com a minha filha Ana, ao concerto de Ornette Coleman no Coliseu do Porto.
Ficou para sempre na memória, excelente…
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 Steve Lacy Live In Lisbon: Estilhaços

Primeiro disco de Jazz ao vivo gravado em Portugal, "Estilhaços" de Steve Lacy (ou Steve Lacy Live in Lisbon), foi o resultado de um concerto de Steve Lacy a 29 de Fevereiro de 1972 realizado no antigo Cinema Monumental, em Lisboa, de comemoração do 6º aniversário do programa de rádio, apresentado pelo José Duarte, "Cinco Minutos de Jazz". Hoje o mais antigo programa de rádio.
"Cinco Minutos de Jazz" passava, na altura, pelas 11h 30m da noite inserido no programa "23ª Hora" na Rádio Renascença e foi nele que ouvi os primeiros acordes de Jazz.





Numa época em que o Free Jazz fazia escola, Steve Lacy fez, neste concerto, uma abordagem experimentalista (ouça-se "Stations"!), pleno de criatividade patente, particularmente, nas explosões de Steve Lacy e Steve Potts.


Texto de Raúl Bernardo
no interior da capa

"Estilhaços" a liberdade criativa do Jazz a dois anos de se conquistar outras liberdades!

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Manuel Freire Canta Manuel Freire

Manuel Freire vivia na minha terra Natal, Ovar.
Trabalhava na firma F. Ramada onde era colega do meu falecido pai. Foi pela amizade e identificação política que o meu pai adquiriu o primeiro EP de Manuel Freire editado em 1968 de nome "Manuel Freire Canta Manuel Freire".




O EP Tagus TG 112 é composto pelas seguintes 4 faixas:
1 - Dedicatória (Fernando Miguel Bernardes/Manuel Freire)
2 - Livre (Carlos de Oliveira/Manuel Freire)
3 - Eles (Manuel Freire)
4 - Pedro o Soldado (Manuel Alegre/Manuel Freire)

O acompanhamento à viola é de Fernando Alvim.

É sempre com saudades que retorno a este disco.

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A mística hindu na música de Ravi Shankar

A 17 de Abril de 1970, no nº 1610 da Revista "Vida Mundial", uma caixa com um pequeno artigo, sob o título "A mística hindu na música de Ravi Shankar" dava a conhecer o músico indiano Ravi Shankar, referia-se:
"Shankar e a sua música tomaram conta do Ocidente a partir dos Beatles. A necessidade de novos sons levou George Harrison à Índia para aprender com o pandit (o mestre), as linhas básicas da raga (forma melódica hindu) e usá-las, depois, na música moderna ocidental."




Da influência da música indiana  na música Pop-Rock dos anos 60 demos conta em Regresso ao Passado através de canções dos mais importantes grupos de então, dos The Beatles e The Rolling Stones a Led Zeppelin e The Byrds ou ainda esse cantautor escocês que encantou a nossa juventude, Donovan
Essa influência manter-se-ia nas décadas seguintes e mesmo neste século, mas sem, o gosto e a criatividade dos anos 60, pelo menos para meu gosto.
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A Revista Vida Mundial - A Rádio no ano de 1969

A 2ª metade da década de 60 vai assistir a algumas alterações na programação musical na rádio portuguesa.
Num país ultra conservador onde musicalmente dominava a música ligeira de gosto duvidoso, prevalecendo produtos ultra comerciais vindos de França, Itália, Espanha e nacionais, de Tony de Matos a António Calvário.
O panorama começou a mudar quando em 1965 se inicia a transmissão do programa "Em Órbita" e a passagem intransigente da melhor música popular, jovem, de expressão anglo-saxónica, de Bob Dylan aos Cream, dos Jefferson Airplane a Georgie Fame.
Outros programas, como a "Página um", se lhe seguiria no corte com uma situação passadista e caduca no conteúdo e na forma de fazer rádio.

A anteceder a divulgação das listas classificativas do programa "Em Órbita" do ano de 1969 alguns recortes, desse mesmo ano, da revista "Vida Mundial", onde, na rubrica "RÁDIO", se dava nota da situação que então se vivia na nossa rádio. De notar as referências ao programa "Em Órbita".



Vida Mundial, Nº 1560 de 2-05-69

Vida Mundial, Nº 1561 de 9-05-69

Vida Mundial, Nº 1566 de 13-6-69

Vida Mundial, Nº 1568 de 27-06-69

Vida Mundial, Nº 1575 de 15-8-69

Vida Mundial, Nº 1578 de 5-9-69

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Primavera Sound 2016





Para a memória futura da passagem de Brian Wilson pelo Primavera Sound 2016, algumas fotos.






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Tindersticks no Curtas Vila do Conde


Há 23 anos que seguimos os Tindersticks sem haver sinais de desilusão, é obra!
Estão diferentes do início? claro que estão! Tornaram-se repetitivos e monótonos? claro que não!
Os Tindersticks continuam-nos a surpreender pela sua criatividade e capacidade de inovação sem perderem as características iniciais superando as dificuldades inerentes à saída de Dickon Hinchliffe em 2006. Stuart A. Staples, e a sua voz de barítono, em grande forma.

Neste 6º espectáculo que nos foi dado assistir, aquilo que podemos dizer é que, apesar dos condicionalismos de actuarem num festival de curtas metragens, estando pois sujeitos à projecção dos vídeos que acompanham o último registo do grupo "The Waiting Room", o concerto soube a pouco, ficando-se, claro, à espera de nova passagem onde se possa usufruir de uma abordagem mais completa dos 23 anos de carreira deste excelente grupo inglês.




E algumas imagens.



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Jim Morrison - Père Lachaise


Em 1995, em passeio por Paris, a visita à campa de Jim Morrison no cemitério Père Lachaise. Entre outros, o registo em fotografia desse momento, eu e a minha filha Ana então com 13 anos.



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King Crimson - "Larks' Tongues In Aspic"


Num tempo em que a informação não estava à distância de um clic e que portanto se pretendíamos de alguma forma manter alguma informação que fosse no futuro de relativa fácil consulta recorria à elaboração de fichas com informação dos grupos e discos que ia adquirindo ou de alguma forma tido acesso a essa informação (jornais, revistas).
Para o disco "Larks' Tongues In Aspic" dos King Crimson tinha a ficha seguinte:







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The Velvet Underground, John Cale e "The Velvet Underground & Nico"


Agora que descobri as fichas que há muitos anos comecei a elaborar com os grupos e discos de então, aqui vão as referentes aos The Velvet Underground, a John Cale e ao primeiro álbum "The Velvet Underground & Nico".












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Roxy Music e "Stranded"

No tempo em que se elaborava fichas para manter actualizada a informação referente à carreira dos grupos aqui vão as fichas do grupo Roxy Music e do álbum "Stranded" de 1973.

                              







                           


                           

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Seatrain e "Marblehead Messenger"


Mais umas fichas antigas e incompletas de um grupo norte-americano de curta duração e êxito relativamente diminuto, mas de interesse maior, os Seatrain.










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Neil Young

Mais uma ficha elaborada há muitos, muitos anos e actualizada até 1985. Neil Young era e mantém-se uma das minhas maiores referências.






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Dexys Midnight Runners e "Too-Rye-Ay"

A possibilidade de ter alguma informação sistematizada levou há muitos, muitos anos que elabora-se algumas fichas com os dados que de alguma forma conseguia obter relativamente a alguns grupos que preenchiam então as nossas preferências. Era o caso dos Dexys Midnight Runners, aqui a ficha relativa ao grupo e ao 2º LP "Too-Rye-Ay".












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Tindersticks na Casa da Música


Mais uma vinda dos Tindersticks ao nosso país, mais uma passagem pela cidade do Porto. Desta vez na Casa da Música, é hoje à noite às 21h30m.

Tindersticks é um dos grupos estrangeiros que maior empatia estabeleceu com o público português, são muitas, e bem vindas, as actuações desta banda de Rock alternativo inglesa. Desde a primeira aparição, em 1997, no extraordinário concerto no Coliseu do Porto que seguimos as suas passagens, esta é a 7ª oportunidade para os ver. Depois do concerto recente no Festival de Curtas em Vila do Conde, esperamos agora um espectáculo mais longo, onde para além de tocarem o último e muito bom "The Waiting Room", nos deliciem com passagens menos recentes da sua já longa discografia.



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Jacques Brel - Memorabilia

No bar "Goupil le Fol", em Bruxelas, pode-se ouvir boa música francesa, Jacques Brel marca aí presença.
Em 2014, de visita à Bélgica, no referido bar, fotografia de desenho numa parede de Jacques Brel e Édith Piaf.



Na fundação Jacques Brel tempo ainda para comprar 2 CD: "J'arrive" (1968) e "Ne Me Quitte Pas" (1972).





Boas memórias!

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Wallace Collection - Memorabilia

O sucesso "Daydream" dos Wallace Collection foi, em Portugal, editado em EP de 7", pela Valentim de Carvalho com a etiqueta LMEP 1360 e continha as seguintes faixas:

A - Daydream
B1 - Baby I Don't Mind
B2 - Fly Me To The Earth

Segue a capa do meu exemplar:




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Joan Manuel Serrat - la-la-la

Em 1968 Joan Manuel Serrat foi o escolhido pela TVE para o Festival da Eurovisão. A canção dava pelo nome de "la-la-la" e Joan Manuel Serrat manifestou a intenção de a interpretar em catalão. Proibido de o fazer pelo regime do ditador Francisco Franco, foi substituído à pressa pela Massiel que acabou por vencer o Festival.

Se a memória não me falha o meu pai gostava mais da interpretação de Joan Manuel Serrat tendo adquirido o Single que tinha a capa seguinte.





Tratava-se de uma edição portuguesa, tendo a particularidade de o lado A com "la-la-la" e "Poema de Amor" serem interpretadas em português. No lago B mais um excelente tema, agora cantado em castelhano, "Mis Gaviotas".
Boa oportunidade para voltar a ouvi-lo.
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Single Hey Jude/Revolution dos The Beatles


Devidamente recuperado e finalmente com um som bastante aceitável a edição portuguesa de 1968 do Single dos The Beatles que continha no lado A (7XCE 21185-1) "Hey Jude" e no lado B (7XCE 21186-1) "Revolution". 
O Single foi editado com uma capa branca simples com buraco central sem qualquer fotografia ou qualquer identificação, o que é estranho pois tal já não era habitual.





As fotografias são do referido Single que a minha esposa adquiriu na sua juventude anterior ao nosso casamento em 1980.
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Fairport's Cropredy Convention 2017

Para memória futura a passagem pelo festival dos Fairport Convention em Cropredy, dias 11 e 12 de Agosto de 2017, para a celebração do 50º aniversário do grupo.

A decisão de ir ao festival foi tomada em início de Junho, quando em troca de mensagens com  a página oficial fairport's cropredy convention me notificaram a 10 de Junho:" If you haven't yet purchased a ticket, we are down to our last handful and I expect to sell out tomorrow."

Na realidade passado um dia ou dois os bilhetes já se encontravam esgotados, felizmente tinha-os adquirido a tempo.

No final do mês recebia os bilhetes, para os 2 últimos dias do festival:


um folheto com o programa

 e um outro folheto com as devidas instruções



Já com o circuito de férias desenhado de Birmingham a Bristol e todas as reservas efectuadas agora era aguardar.
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Fairport's Cropredy Convention 2017

Dia 11 de Agosto de 2017.

É dia de nos dirigirmos, eu e a minha esposa, a Cropredy uma pequena vila, diria mesmo aldeia, situada a sul de Leamington Spa, onde ficámos durante alguns dias. Primeiro passagem por Banbury, onde já se fazia sentir um pouco do ambiente de Cropredy, veja-se a foto,





também no pub "Ye Olde Reine Deer Inn" ou simplesmente "The Reindeer", quem o frequentava vestia já as T-shirts dos Fairport Convention.





Horas de apanhar a camioneta para Cropredy, que nos deixa ao pé do conhecido pub "Brasenose Arms". Daí ao recinto do festival a distância é curta mas bastante animada aproveitando para tirar algumas fotos.






Feito o check-in tempo para dar uma volta de reconhecimento pelo recinto.




Actuavam nessa altura a Gerry Colvin Band.
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Fairport's Cropredy Convention 2017

Dia 11 de Agosto de 2017.

Feita a ronda ao perímetro do espaço onde se efectuava o festival e confirmadas as horas a que eram feitas as assinaturas dos discos por parte de alguns dos participantes, era altura para ir dar uma primeira volta de reconhecimento de Cropredy.





Pelo canal, onde se encontravam estacionados provavelmente centenas de barcos, é obrigatório dar um passeio. 








Depois passear pelas ruas de Cropredy e depararmo-nos com a casa onde viveu Dave Swarbrick (1941-2016).


Finalmente passagem obrigatória pelo Pub "Brasenose Arms" e recuperar forças para voltar ao Festival.


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Fairport's Cropredy Convention 2017

Dia 11 de Agosto de 2017.

De regresso ao festival. Actuavam os australianos Pierce Brothers de que já fiz eco na página principal, uma agradável surpresa.



Terminada a actuação dos Pierce Brothers, aproveitar o intervalo para arranjar um lugar melhor para ver Petula Clark do alto dos seus 84 anos a actuar pela primeira vez num festival com tanta assistência.



Eis então algumas fotos de Petula Clark.





Finalmente o grande Richard Thompson, uma das figuras maiores da música popular  e a minha preferida. Concerto de 1h30m (das 9h30m às 24h) a saber a pouco dada a grandeza deste músico (ver as postagens na página principal).







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Fairport's Cropredy Convention 2017


De acordo com o sítio www.setlist.fm foi o seguinte o alinhamento das canções de Richard Thompson no festival:

Richard Thompson a solo, acústico
1 - Gethsemane
2 - They Tore The Hippodrome Down
3 - Valerie
4 - Persuasion
5 - 1952 Vincent Black Lightning
6 - Down Where the Drunkards Roll
7 - Johnny's Far Away

Richard Thompson com Christine Collister (acompanhamento vocal)
8 - Sweetheart on the Barricade
9 - Ghosts in the Wind

Richard Thompson, Simon Nicol, Dave Pegg, Dave Mattacks, Christine Collister
10 - Man in Need
11 - Sally B
12 - Wall of Death
13 - She Never Could Resist a Winding Road
14 - Fork in the Road
15 - I Want to See the Bright Lights Tonight
16 - Stuck on the Treadmill
17 - Hand of Kindness
18 - Tear Stained Letter

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Fairport's Cropredy Convention 2017

Dia 12 de Agosto de 2017.

Mais memórias de Cropredy, agora do último dia do festival. Dia de Sábado, era preciso levantar cedo pois íamos de Leamington SPA a Banbury de comboio e depois de autocarro até Cropredy e tínhamos de lá estar às 11h altura em que Richard Thompson estava disponível para as assinaturas.
Eis os discos que Richard Thompson me assinou.


1º disco dos Fairport Convention de 1967


1º Disco do colectivo Morris On de 1972

Página do livro que acompanha a compilação de 7 CD
 "Come All Ye: The First Ten Years" editada em 2017

"1ooo Years of Popular Music" gravação ao vivo de 2006,
2 CD e 1 DVD

2º volume de "Acoustic Classics" editado no dia anterior à assinatura

1º trabalho a solo de Richard Thompson, editado em 1972

Oportunidade também para algumas fotos com Richard Thompson.









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Fairport's Cropredy Convention 2017

As sessões de autógrafos seguiram-se com Ashley Hutchings e Judy Dyble.

Primeiro Ashley Hutchings com os seus Morris On, assinaram-me o CD "Moris On" de 1972 conforme foto acima e ainda, no caso de Ashley Hutchings, uma foto do livro que acompanha a compilação "Come All Ye: The First Ten Years" e que se reproduz e ainda o 1º disco dos Fairport Convention de 1967:



Quanto a Judy Dyble, para além do 1º disco dos Fairport Convention também a fto, que se segue e que consta no já referido livro que acompanha "Come All Ye: The First Ten Years".



Ainda uma foto de Judy Dyble quando na sessão de autógrafos:



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Fairport's Cropredy Convention 2017


Durante este período de autógrafos sucederam-se as actuações que foram cronologicamente:Morris On, Judy Dyble e Plainsong.
1º o colectivo Morris On de Ashley Hutchings:










Seguiu-se Judy Dyble primeira cantora dos Fairport Convention:






Seguiu-se o grupo histórico Plainsong formado por Ian Matthews, músico da formação inicial dos Fairport Convention:





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Fairport's Cropredy Convention 2017

Após os concertos de Morris On, Judy Dyble e Plainsong  e as sessões de autógrafos de Richard Thompson, Ashley Hutchings (Morris On) e Judy Dyble, tempo para mais um passeio pela pouco mais que aldeia de Cropredy.





Primeiro passagem pelo animado Pub "Red Lion", para depois um longo passeio pelo canal que atravessa Cropredy.





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Fairport's Cropredy Convention 2017

E finalmente o regresso ao local do Festival para arranjar atempadamente um bom lugar.
Primeiro ouviu-se a agradável surpresa que foi Dougie MacLean 







e finalmente 3 horas de Fairport Convention.  A comemoração de 50 anos! 













Eis os temas interpretados pelos Fairport Convention (com a ajuda de www.setlist.fm):


1.      Bottom of the Punchbowl / East Neuke of Fife / Ye Mariners All
2.
      Summer By The Cherwell
3.
      Time Will Show the Wiser
4.
      I Don't Know Where I Stand
5.
      Reno Nevada
6.
      Suzanne
7.
      Farewell, Farewell
8.
      Crazy Man Michael
9.
      Come All Ye
10.
   The Deserter
11.
   The Lark in the Morning Medley
12.
   Tam Lin
13.
   Walk Awhile
14.
   Poor Will and the Jolly Hangman
15.
   Sloth
16.
   Now Be Thankful
17.
   Sir Patrick Spens
18.
   Fotheringay
19.
   The Ballad of Ned Kelly
20.
   Talk About Money
21.
   Rising for the Moon
22.
   White Dress
23.
   A Surfeit of Lampreys
24.
   The Hiring Fair
25.
   The Hexhamshire Lass
26.
   Jewel in the Crown
27.
   Who Knows Where the Time Goes?
28.
   Our Bus Rolls On
29.
   Dirty Linen
30.
   Matty Groves
31.
   Meet on the Ledge

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Os Concertos dos Tindersticks

São uma das bandas mais interessantes vai para mais de 20 anos e frequentemente passam por Portugal, é uma bênção, são os Tindersticks.

São presença assídua nos palcos portugueses e sempre que tenho disponibilidade não perco um concerto dos Tindersticks. Foram sete ao todo o nº de vezes que tive oportunidade de os ver, em espaços grandes ou pequenos é sempre um prazer assistir a um espectáculo deste britânicos que desde o início dos anos 90 têm construído uma das carreiras a merecer a maior das atenções.

De seguida os bilhetes desses concertos que assisti ou com a minha filha, a maior parte das vezes ou com a minha esposa.
O primeiro foi o espantoso concerto no Coliseu do Porto a 21 de Novembro de 1997, num Coliseu completamente esgotado foi provavelmente o melhor de todos, completamente inesquecível.



Seguiu-se o concerto em Paredes de Coura a 16 de Agosto de 1998. Espaço grande e muito tardio foi dos menos interessantes a que assisti.




A 30 de Outubro de 1999 novo espectáculo no Coliseu do Porto. "Simple Pleasures" era a novidade.




Só voltei a ver os Tindersticks em 2010, neste ano por duas vezes. Primeiro foi em Estarreja a 7 de Fevereiro. Tinha acaba de ser editado "Falling Down a Mountain", os Tindersticks estavam reformulados, mas o interesse era o mesmo. Muito agradável ouvi-los num espaço pequeno.




No mesmo ano, segunda passagem desta vez com o regresso a um espaço maior, o Coliseu do Porto. Foi a 27 de Outubro.




Novo interregno para só voltar a vê-los em 2016, por mais duas vezes.
Primeiro foi em Vila do Conde, a propósito do festival "Curtas Vila do Conde" no Teatro Municipal. O propósito era o álbum "The Waiting Room" o qual vinha acompanhado por um DVD com 11 filmes de diversos realizadores, cada um para cada canção.




Finalmente, a 28 de Outubro, oportunidade de os ver na Casa da Música. "The Waiting Room" e muito mais, mais um excelente concerto!



Agora é aguardar por uma próxima ocasião e fazer por não perdê-los.

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Fairport's Cropredy Convention 2017 e 2018

Acabado de chegar às minhas mãos o duplo ao vivo dos Fairport Convention com o título "What We Did on Our Saturday". Trata-se da gravação do concerto,  dos 50 anos dos Fairport Convention que tive o prazer de assistir em Cropredy no ano passado precisamente no sábado, 12 de Agosto.



Capa e nome a lembrar o histórico 2º LP, 1º com a Sandy Denny, "What We Did on Our Holidays" de 1969.


No sentido dos ponteiros do relógio: Simon Nicol, Richard Thompson,
Ashley Hutchings, Ian Matthews, Judy Dyble, Chris Leslie e Dave Mattacks
(ao centro)

No sentido dos ponteiros do relógio: Ric Sanders, Dave Pegg, PJ Wright,
Maartin Allcock, Sally Baker, Ralph McTell, Gerry Conway e Chris White
(ao centro)
E ainda o programa do Fairport's Cropredy Convention para 2018.



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Wayne Shorter Quartet - Concerto de 2009 na Casa da Música


Eis alguma memorabilia da passagem de Wayne Shorter em quarteto pela Casa da Música em 11 de Março de 2009.

Primeiro o bilhete do concerto.






Depois o folheto distribuído no concerto com resumo bibliográfico dos músicos que compunham o quarteto, a saber:
Wayne Shorter, saxofones
Danilo Perez, piano
John Patitucci, baixo
Brian Blade, bateria








Finalmente recorte do "Jornal de Notícias" do dia seguinte, que sob o título "Um corte com o passado" fazia a crítica do concerto.


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Antony and the Johnsons - na Casa da Música e no Coliseu do Porto


Para além de ter visto Antony em Coimbra, no Jardim da Sereia, em 2003 quando tocava com o Lou Reed, tive a oportunidade de assistir a dois concertos inesquecíveis de Antony and the Johnsons, respectivamente na Casa da Música a 29 de Maio de 2005 e no Coliseu do Porto a 18 de Maio de 2009. Eis os bilhetes.






Acrescento ainda artigo editado no semanário Expresso  de 14 de Março de 2009.



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Van Morrison - EDPCOOLJAZZ 2018

A vinda de Van Morrison a Portugal é um acontecimento imperdível.
Já o tinha visto há 25 anos atrás no Coliseu do Porto e tinha ficado com um "sabe a pouco" que queria ultrapassar. Assim, quando soube da vinda dele ao EDPCOOLJAZZ, não exitei e logo adquiri os bilhetes para este concerto que se realizou na Sábado passado. Comprei-os pois logo no início do ano e reservei hotel em Oeiras pois era no Parque dos Poetas que o acontecimento estava anunciado.



Mas algum tempo antes dei conta que o local do concerto tinha sido alterado, mantendo-se a hora  para as 19h, e já não era em Oeiras mas sim em Cascais no hipódromo Manuel Possolo. Bom, o hotel já estava marcado em Oeiras, já não era tempo de o alterar e assim ficou. Entretanto constatei que para as 19h tinha sido acrescentado, a anteceder o Van Morrison, um grupo português de nome Off The Road. Tudo bem, antes a mais do que a menos ...

Chega o dia e já depois das 18h (no bilhete diz abertura de portas às 18h) dirigimo-nos, eu e a minha esposa, para a entrada que ainda se encontrava fechada e uma longa fila se desenhava pelo passeio fora. Rápido foi, no entanto, a entrada quando esta se abriu.
Chegamos ao interior do parque, no acesso ao hipódromo, fomos informados que o Van Morrison só actuava às 20h e 30m. Os tais Of The Road, não actuavam ali mas sim no jardim anexo onde estava instaladas as barracas de cerveja e fast-food.
Para lá nos dirigimos e lá actuaram os ditos num palco que quase passava despercebido e que serviu de entretenimento enquanto se passeava pelo jardim e, ou, se matava a fome e a sede nas referidas barracas.
Para que conste 2 copos pequenos de cerveja custaram 7€ (!!), sendo os copos reutilizáveis mas não reembolsáveis.
Portanto o tempo que antecedeu o concerto foi mais de comes e bebes do que propriamente musical.
Mas tudo valeu a pena, pois de Van Morrison se tratava. Amanhã continuo, mas fica desde já uma pergunta: pelo que descrevi não há muita falta de planeamento, sendo este já o 15º evento?
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Concerto Rodrigo Leão a 6 de Outubro de 2018 no Coliseu do Porto

Os 178 anos do Montepio foram ontem pretexto para o concerto do Rodrigo Leão a que ontem assisti.
Expectativas elevadas face ao percurso que Rodrigo Leão tem construído desde que se lançou a solo em 1983 após abandonar os Madredeus. Não saíram goradas as expectativas, soube somente a pouco, de um concerto onde ele comemora os 25 anos de carreira. Acrescente-se o álbum de compilação "O Aniversário" e também "Os Portugueses" que foram a base do espectáculo.




Os temas cantados foram assegurados por excelentes vozes: Camané, Ângela Silva, Ana Vieira e Selma Uamusse.
Eis algumas fotos do espectáculo.







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Weekend


Os Weekend (1981-1983) centrados em  Alison Statton, Simon Booth e Spike. A evidência no grupo ia para Alison Statton.
Stuart Moxham teve em "Signal Path" a primeira gravação a solo em 1992.
A ligação destes dois artistas (Alison Staton e Stuart Moxham) fez-se alguns anos antes, no final dos anos 70, constituindo juntamente com Philip Moxham os históricos e seminais Young Marble Giants (1978-1980), os quais tive o prazer de ver em 28 de Maio de 2008 na Casa da Música numa das reaparições do grupo.
A árvore genealógica a partir dos Young Marble Giants é difícil de seguir tal a variedade de  combinações que entretanto se efectuaram e de gravações dispersas efectuadas. Eis algumas: Weekend, Devine and Statton, Alison and Spike, The Gist (que estiveram em Vilar dos Mouros em 1982), Stuart Moxham and the Original Artists.






No artigo de João Lisboa ficamos a saber que "The '81 Demos" era um EP, editado naquele ano de 1995, composto por 4 demos das canções "Drumbeat", "Red Planes", "Nostalgia" e "Summerday" anteriores ao muito bom "La Varieté" (1982) o qual os incluía (supondo que "Drum Beat For Baby" é "Drumbeat" dos demos). "La Varieté" foi, à semelhança de "Colossal Youth" (1980) dos Young Marble Giants, o único álbum de estúdio do grupo seguindo-se ainda um disco ao vivo "Live At Ronnie Scott's" onde se pode ouvir novamente "Nostalgia" e nos extras "Drum Beat For Baby" e "Summerdays".

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Maddy Prior


Recuo ao ano de 1992, mais precisamente ao dia 2 de Abril, no Teatro Rivoli do Porto. Era o primeiro dia do 3º Festival Intercéltico e o cartaz da noite era preenchido pelos Matto Congrio e pela Maddy Prior


O texto intitula-se "Uma rosa é uma rosa é Maddy Prior" e pelos vistos deve o agrado de Fernando Magalhães que o assina. Refere-se-lhe assim "No Porto, a antiga vocalista dos Steeleye Span deslumbrou" e ainda "Uma voz portentosa, aliada a uma postura em palco de completa descontração e à ingestão de vários copos de aguardente ao longo do concerto, contribuíram para que Maddy Prior assinasse uma actuação inesquecível nesta terceira edição do Intercéltico, que decorre no Porto até dia 4."



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June Tabor

A anteceder o concerto realizado a 3 de Março de 1993 entrevista dada a Fernando Magalhães publicada no jornal Público a 24 de Fevereiro




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Tindersticks


"Não há memória, nos últimos anos da velha sala de concertos portuense, de uma avalanche assim." e mais adiante "Visivelmente surpreendidos, os músicos, quase sempre estáticos em palco, à excepção de Stuart Staples, o vocalista, chegaram ao ponto de pedir silêncio para que pudessem retomar o espectáculo, quando se preparavam para arrancar com o primeiro dos três "encores" e a multidão não dava mostras de suster o seu entusiasmo.", em artigo no jornal O Público a 23 de Novembro 




Sem dúvidas um concerto histórico centrado no álbum "Curtains" para muitos o melhor trabalho do grupo. "Como as "Curtains" escondem dores de crescimento" era o que Stuart Staples e Dickon Hinchliffe contavam ao Blitz de 18 de Novembro de 1997




"Os cientistas do drama e do filme negro com violinos e cigarros...", era como eram considerados os Tindersticks em vésperas do seu regresso aos palcos portugueses.

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Van Morrison


"Tocado Pela Mão de Deus" é o título de um artigo publicado a 17 de Fevereiro de 1993 no jornal O Público e antecedia a vinda a Portugal, julgo que pela primeira vez, de Van Morrison para dois concertos que se realizaram no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa a 19 de Fevereiro e no Coliseu do Porto no dia seguinte. Foi este último que tive a oportunidade de assistir.

O artigo salientava o seu lado místico desde os tempos de "Gloria" ao então álbum mais recente que era "Hymns To The Silence", que o autor do artigo considerava ser o que Van Morrison perseguia, "é a ambiência e a solenidade, o espaço mágico propício ao êxtase místico". Terminava questionando se tal era possível "num recinto "desportivo" como o pavilhão Carlos Lopes?". A mesma questão se poderia ter posto relativamente ao dia seguinte no Coliseu do Porto, recinto mais apropriado a este tipo de evento.



No entanto, o que me ficou na memória desse concerto foi que ficou muito aquém das expectativas, foi curto, certinho mas pouco emotivo, mesmo descontando o facto de sabermos que Van Morrison não é muito dado a muita interacção com o público. Assim como chegou assim partiu, aliás como no concerto de 2018 em Cascais no EDPCOOLJAZZ mas desta vez num concerto muito mais bem conseguido.

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The Bothy Band

The Bothy Band deixaram-nos 3 álbuns realizados entre 1975 e 1977 e foram a par com os Planxty e The Chieftains os principais impulsionadores do renascimento da música Folk irlandesa.




Fernando Magalhães em artigo no jornal Público de 31 de Março de 1993 dava-nos a conhecer a importância dos The Bothy Band ao afirmar: "Nos três álbuns de estúdio que gravaram, concentraram doses maciças de talento, chispas de génio que revolucionaram por completo o modo de sentir e dizer a música irlandesa." Quanto ao disco que estava em causa dizia, depois de o considerar um marco da música tradicional irlandesa: ""Old Hag You Have Killed Me" é o cume dos cumes desse génio.", e termina considerando-o "Um objecto de culto".

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Richard Thompson


Recorte de jornal semanário Se7e de 27 de Janeiro de 1994, trata-se de um artigo assinado pelo João Lisboa com o título "Revisto e Aumentado" a propósito da edição da colectânea "Watching The Dark (The History of Richard Thompson)".




Quando novo não gostava de colectâneas, achava-as, e a maior parte eram (são), colecções de êxitos de venda mais fácil, muitas das vezes para ocupar espaço em períodos de maior afastamento, fosse qual fosse o motivo, de determinado artista, uma habilidade de marketing, portanto.
Muitas das vezes ainda será assim, mas ao longo do tempo a minha percepção das colectâneas foi mudando, pelo menos em relação a algumas que nos surgem no mercado e que, sem dúvida merecem a melhor atenção.
"Watching The Dark (The History of Richard Thompson)" terá sido uma das primeiras que me tentou, tal era a qualidade da mesma. Para mais tratava-se de Richard Thompson, meu artista de eleição de há muito tempo. Trata-se de uma caixa de 3 CD com uma etiqueta onde se lê: "47 tracks/217 minutes of music. 23 previously unreleased or rare tracks live and studio recordings 1969-1992. 56 page booklet with introductory notes by Gril Marcus, full biography and rare photos".
Razões de sobra para a sua aquisição, ainda hoje.
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Sérgio Godinho - Coliseu do Porto (28 de Fevereiro de 2019)


Mais um belo concerto de Sérgio Godinho realizou-se ontem à noite no Coliseu do Porto. Com 73 anos continua a ser um dos mais lúcidos cantautores da nossa música popular, é também dos que apresenta uma regularidade discográfica muito significativa, tendo no ano passado editado o seu 18º álbum de originais de nome "Nação Valente".






"Nação Valente" revela uma frescura impressionante, trazendo-nos mais um punhado de canções que vão ficar rapidamente na nossa memória colectiva.

"Grão da mesma mó", "Artesanato", Baralho de Cartas", "Mariana Pais, 21 anos", "Tipo Contrafacção", "Noite e Dia", "Até Já, Até Já", todas deste último álbum, foram algumas das que passaram ontem pelo Coliseu e que tiveram a adesão do público conhecer e com certeza com saudades de o ver ao vivo.



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Procol Harum - Coliseu do Porto (27 de Abril de 2019)


Foi ontem à noite o esperado concerto dos Procol Harum no Coliseu do Porto.
E no final todo o mundo parecia satisfeito pois acabávamos de ouvir a incontornável "The Whiter Shade of Pale", a canção da  nossa meninice e juventude. Gary Brooker do alto dos seus 73 anos demonstrava ainda capacidades vocais assinaláveis que nos encantaram em diversos momentos, "A Salty Dog" talvez o melhor de todos, mas já anteriormente em "Homburg".






No entanto, pese normalmente eu apreciar concertos não previsíveis que fujam ao facilmente expectável, Gary Brooker distribuiu a selecção de canções pelo tempo nomeadamente pelo mais recente "Novum" (2017), mas as canções mais recentes não têm a magia das do período de 1967 a 1973, onde eu preferia que o concerto se tivesse centrado.


Foi a seguinte a "set list" do concerto:
1.I Told on You
2.Pandora's Box
3.Homburg
4.Still There'll Be More
5.Image of the Beast
6.The Devil Came From Kansas
7.The Only One
8.Simple Sister
9.Bringing Home the Bacon
10.Fires (Which Burnt Brightly)
11.Shine On Brightly
12.Businessman
13.Grand Hotel
14.Neighbour
15.A Salty Dog
16.Conquistador
17.A Whiter Shade of Pale
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Milton Nascimento - Coliseu do Porto (20 de Julho de 1988)

É já hoje o concerto a não perder de Milton Nascimento no Coliseu do Porto.

É a segunda vez que o vou ver, a primeira foi em 1988 e promovia então o seu disco mais recente "Yauaratê" do ano anterior, a foto do bilhete a comprová-lo.




Era (é) então um dos meus preferidos autor e intérprete da música popular brasileira. Tinha seguido de perto a sua discografia dos anos 70 e início de 80 e tinha em "Clube da Esquina" (1972) um dos meus favoritos. Trata-se de um álbum histórico e um dos melhores de sempre da música brasileira, era uma amálgama das melhores tendências e influências, do Rock à Bossa Nova, que então se manifestavam na música oriunda do Brasil.


Duplo LP ,edição brasileira, com as ref:31C 164 422901/2; MOAB 6005/6
               
                                     

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Milton Nascimento - Coliseu do Porto (27 de Junho de 2019)

"Clube da Esquina" (1972) e "Clube da Esquina 2" (1978) os dois duplos álbuns na sua origem  foram a base do concerto que Milton Nascimento deu ontem à noite no Coliseu do Porto.





Um belo concerto a recordar o melhor período da excelente carreira de Milton Nascimento. Muito debilitado fisicamente mas ainda a denunciar uma voz única e divina. "Cais", "Cravo e Canela", "Maria Maria", "Nada Será Como Antes", "San Vincente", "Dos Cruces", "Trem Azul" foram algumas das canções que nos deliciaram, tendo como ponto alto o dueto com a Carminho em "Cais".






Único senão o Coliseu só estava maio cheio, o que em parte se deverá dever ao custo elevado dos bilhetes. A Casa da Música teria sido melhor opção.


Edição europeia em duplo CD, ref: 7243 8 32260 2 3
                             
                                  


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